16 de maio de 2009

XIII Sarau da Campos Melo - III

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A palavra à Organização: Clube Criar Laços
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A História de um Sarau

“Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce”.
E nasceu… Fruto dum trabalho de pesquisa, pensado, repensado, alterado, reiniciado vezes sem conta, até à redacção final, que é difícil de situar no tempo, dado que no próprio dia do Sarau houve ajustes.

Texto escrito


Apresentação do tema à escola. Pouco entusiasmo.
Mas é sempre assim no início, diz a nossa experiência de treze anos.
Quem vamos então chamar para fazer o quê? Colocam-se cartazes e começam a surgir, a medo, os primeiros actores e actrizes.
Contactamos alunos, professores, funcionários, a APAE. Este quer, aquele não, o outro talvez.

O cenário

Quem mais se não os colegas de artes? A Ana Fidalgo e todos os que lhe deram apoio – José Manuel Pereira e João Boléo com os cartazes e convites. As criadoras do cenário, Joana e Katy, e toda a equipa que o pintou do tamanho do Teatro!

Distribuição de papéis


Eu não quero ser Mouro. O outro não quer ser pobre. Todos querem ser herói e heroína.
O sonho começa a tomar forma.

Como é que os vamos vestir?

Tanto herói, tanta gente, tanta roupa, tantos adereços!
A roupa! As viagens à Brimtêxtil, as horas passadas a escolher os tecidos, a combinar as cores, a dar sugestões à D. Cristina e a aceitar as sugestões dela, a ver livros que representam a época – preciosa ajuda dos alunos do 7º Ano e da colega Isabel Lino. Olhem que a cruz do D. Afonso Henriques é diferente da cruz do D. Nuno Álvares Pereira! “Está bem!”

Distribuição e ensaios das cenas

A professora Ana Paula Rocha, coordenadora do Clube de Teatro, fica com a cena dos Descobrimentos por sua conta. Mais roupa, mais adereços, mais sugestões à D. Cristina. Vestir tanto nativo não é tarefa fácil!
Oh! Mamma Mia!
Mais roupa, encomendas de tecidos de Coimbra, mais D. Cristina.
E o Pedro. O da dança. O professor. O divertimento e a boa disposição. Os ensaios, destruidores de qualquer tensão e alento para mais uma semana de trabalho.
Mais Mamma Mia, a professora Regina e o 12º A. E novamente o HAKA MELO. Pegou.

Quartas-feiras à tarde:


Ensaios dos e com os heróis do nosso reino:
Não é assim! Mais entusiasmo! Mais garra!
Mostra que estás apaixonado por Inês!
“Mata - a” com mais força!
Onde é que anda o Infante? “ Não pode vir, tem teste amanhã.”
E a Padeira de Aljubarrota? “ Tem aulas no conservatório”.
Calem-se, caramba!
Raios partam, que isto nunca mais tem jeito!
Tenha calma, stora!
Toda a gente à espera de ver a prof. Maria José cair para o lado de cansaço. Não caiu!

A Música

Ó Maria, a música tem que ser contigo! Tem sido sempre e desta vez é também! Olha e já agora escolhe também os troféus para os Melos.

Os Melos

Quem vai levar as estatuetas?
Este ano, decidimos inovar. Nada de nomeações. Só vencedores. Mais músicas para escolher. A Ana Baptista faz-nos as gravações e põe tudo em computador. Impecável a rapariga.

Dia 6, 7 e 8 – O Teatro - Cine

Dia 6 – Montagem do cenário e do som

Que raio se passa com o cenário? Encolheu no caminho. Temos que o segurar com alfinetes de dama. Estávamos a ver a hora em que rasgaria e viria por ali abaixo no meio de uma cena qualquer. Mas não. Firme e seguro todo o espectáculo!
E o som? Hoje não pode ser. Só amanhã. Temos que ir trocar os micros novos comprados hoje. “Gaita!”
Aproveitamos as falhas para afixar o plano do sarau, distribuir as personagens das cenas pelos camarins e aí colocar o guarda-roupa referente a cada uma.

Dia 7
- Nem querem pensar.

Tudo mal do princípio ao fim. O som, a afinação dos instrumentos musicais, os ensaios, os atrasos, os enganos, a falta de adereços e os nervos, e os nervos, e os nervos….
Onde é que nos viemos meter?

Valiam o esforço do Bruno, do Edgar (sempre presente!), da Ana e do Fabrice. Profissionais da coisa.

Dia 8, durante o dia


As coisas começam a desenvolver. As vozes já se ouvem, os instrumentos estão afinados, as falas saem quase certas. Tanto barulho, tanta excitação, o apelo do palco para aqueles que nunca o tinham pisado… Saiam daqui, caramba! Fora de cena quem não é de cena! - diz a professora Ana Paula Rocha
Pela primeira vez, durante todo o ano, temos a percepção do espectáculo como um todo. Não sabemos se irá resultar. Temos, no entanto, a sensação que demos o nosso melhor.

O espectáculo


Casa cheia. Pouco barulho na sala. As cenas fluem. (Será possível?!)
Os risos, os aplausos, a sala ao rubro com o Mamma Mia e com os Melos.
Dever cumprido.

As coordenadoras do Clube Criar Laços – Leonor Lobo e Maria José Soares – agradecem a todo o pessoal da Campos Melo - alunos, professores, funcionários (em especial a D. Cristina Quinaz e o Sr. José Nuno), Associação de Pais - que acreditou em nós e tornou possível a concretização deste projecto. BEM HAJAM!
Agradecemos ainda a:
Pedro Nascimento (professor de dança), Grupo Etnográfico da Campos Melo, Karateca Ricardo Cunha, Oficina do Som, Oficina do Cabelo, Clínica de Estética Patrícia Lopes, Oriental de S. Martinho e Belo Coro.
O nosso Muito Obrigada ao Conselho Executivo pelo apoio prestado.
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Clube Criar Laços: Maria José Soares e Leonor Lobo

1 comentário:

M. lourdes faria disse...

Parabens pelo vosso "diário de bordo"!
Através dele pude compreender os sentimentos e as emoções que o trabalho de preparaçao do Sarau vos despertou, momentos ricos de dificuldados mas também e principamente intensamente emotivos e gratificantes.
Continuem com a vossa capacidade de entrega e com o vosso talento!
M. Lourdes