16 de novembro de 2011

Em jeito de despedida!....

Na hora da despedida, quero deixar um abraço sentido de amizade a todos os agentes educativos, sem excepção, da Escola Secundária Campos Melo da Covilhã, à Direcção, aos professores, em geral, ao Departamento de Matemática e Ciências Exactas e, em especial ao Grupo de Matemática, aos operadores educativos e aos alunos sem os quais a Escola não existiria.

Chegou a altura de dar o lugar aos mais novos numa escola que atravessa tempos difíceis.
Permitam-me que preste homenagem ao professor João Ruivo, meu ilustre orientador de mestrado e, através dele, a todos os professores neste tempo conturbado.Assim,
citando o professor João Ruivo:


"Ser professor é a mais nobre dádiva à humanidade e o maior contributo para o progresso dos povos e das nações." "Ser professor obriga a não ter geração."
Ser"professor é obra permanentemente inacabada."


"O professor contenta-se com pouco: alimenta a sua auto-estima com o sucesso dos outros (os que ensina), e tanto basta para que isso se revele como a fórmula mágica que traduz a medida certa da sua satisfação pessoal e profissional. Por isso é altruísta e, face ao poder, muitas vezes ingénuo e péssimo negociador."
"O professor vive quase todo o tempo da sua carreira em estádios profissionais de enorme maturidade e de mestria."
"Infelizmente, de onde devia partir o apoio, o incentivo e o reconhecimento social, temos visto aplicar medidas políticas, e expressar pensamentos, através de palavras e de obras, que menorizam os professores, que os denigrem junto da opinião pública, no que constitui o maior ataque à escola e aos professores perpetrado nas últimas três décadas do Portugal democrático.
Um ataque teimoso, persistente, vitimador e injustificado que tem levado o grande corpo da classe docente a fases profissionais negativas, de desânimo, de desencanto, de desinvestimento, de contestação, de estagnação, e de conformismo, o que pressagia a mais duradoira e a mais grave conjuntura profissional de erosão, mal-estar e de desprofissionalização.
Se não for possível colocar um fim rápido a estas políticas de agressão profissional, oxalá uma década seja suficiente para repor toda uma classe nos trilhos do envolvimento, do empenhamento e do ânimo, que pressagiem o regresso ao bem estar e à busca do desenvolvimento pessoal.
Importante, agora, será a persistência na ilusão. Os professores são uma classe única e insubstituível. A sociedade já não sabe, nem pode, viver sem eles. O Estado democrático soçobraria sem a escola. O novo milénio atribui aos professores funções e competências indispensáveis ao desenvolvimento da sociedade do conhecimento. O futuro tem que ser construído com os professores e as suas organizações. Nunca contra, ou apesar deles.
Ser professor é, portanto, tudo isto e muito mais. É uma bênção, é um forte orgulho e uma honra incomensurável. Quem é professor ama o que faz e não quer ser outra coisa.
Mesmo se, conjuntural e extemporaneamente, diz o contrário. Fá-lo por raiva e revolta contra os poderes que, infamemente, o distraem da sua missão principal e, injustamente, o tentam julgar na praça pública, com cobardia e sempre com grave falta ao rigor e à verdade."
"Porém, agora é bom que nos mantenhamos lúcidos, para que possam ultrapassar com sucesso este injusto desafio a que, ultimamente, têm vindo a ser sujeitos."



(Ruivo, J.(2011)-Ser Professor)

À boa maneira beirã: Bem hajam.

Diamantino Soeiro

1 comentário:

AMM disse...

Parabéns Diamantino!!Muita saúde para aproveitares da melhor forma esta nova fase da tua vida.
Abraço!
Ana Maria Moura