1 de junho de 2011

12º F e 12º G no Teatro das Beiras













No dia 28 de Maio, pelas 21:30, no Teatro das Beiras, as turmas do 12º F e 12º G, do curso Profissional "Técnico de Apoio Psicossocial", apresentaram uma peça de teatro, intitulada "O cinema na Carruagem do Tempo", no âmbito da disciplina de Área de Expressões.
O objectivo da realização desta atividade foi mostrar o resultado de três anos de trabalho. Três anos de muita mimica, expressão corporal, tintas, música, textos, adereços, sons, poesia, dança, visitas de estudo recheadas de atividades e camaradagem, fantoches, improvisação e sobretudo três anos de relações inter-pessoais cheios de momentos, muitos bons e alguns piores.
O resultado final, esse, foi maravilhoso, apesar de todas as incertezas e receios iniciais. Digo isto, porque o projecto apresentava-se muito ambicioso. No espaço de 5 meses, 2 horas por semana e com algumas interrupções pelo meio, era preciso escrever uma peça para 33 pessoas e adequar papeis para todos, realizar o cenário e todos os adereços, encenar um grande grupo de alunos sem as condições necessárias, arranjar e ensaiar as musicas e as vozes, encontrar um bom local para a apresentação e um sem fim de contatos e pormenores que, para o bem de todos, não irei descrever.
Apesar de tudo e pouco a pouco as coisas foram acontecendo. A peça, depois de algumas tentativas, ficou pronta, os personagens foram finalmente acertados, o cenário, depois de selecionado, passou da folha A4 para um tamanho XXL, os ensaios começaram a não ter papeis de apoio e os personagens começaram discretamente a aparecer. Quando parecia que estava traçado o bom rumo, mais uma tempestade ... fim do ano e inicio dos estágios ... três semanas sem nos vermos, sem ensaios, sem nada. O que estava, estava. Só restava esperar que a responsabilidade da ocasião, provocasse uma reminiscência das experiências e vivencias adquiridas, ao longo dos três anos e culminasse num momento de êxtase artístico.
Por fim, chegou o dia. Começou cedo. Transportar o material, montar o cenário e adereços de palco, preparar o vestuário e adereços de cada personagem, preparar as maquilhagens e cabelos, comprovar a luz e o som e ensaio geral. Depois de um curto descanso, chegou a hora da verdade. Não havia volta atrás. Os personagens foram-se juntando atrás do palco. Risinhos, conversas, pessoas a falar sozinhas, palmadinhas nas costas, espreitadelas pela cortina, abraços, últimos retoques, arranjos de ultima hora e por fim o circulo de grupo, para transmitir as ultimas informações e criar muita energia positiva. O publico já estava sentado.
3 ... 2 ... 1 ... Entra em cena o primeiro grupo ... Por detrás do pano ouve-se o som das atrizes e o silêncio expectante do publico ... Entra em cena o segundo grupo ... Gargalhadas, boa disposição e alegria ... Os restantes atores vão entrando e saindo, brindados com aplausos ... E de repente, entraram os últimos personagens , foram colocados os últimos adereços e a ultima cena acabou ... O nervosismo deu lugar a uma alegria transbordante e o ultimo agradecimento foi feito a um publico que não queria sair.
Para finalizar, gostaria de agradecer a algumas pessoas que tornaram possível a concretização desta ideia maluca e quase kamikaze, tendo em conta as condições já referidas anteriormente. À Direção da Escola, por sempre ter apoiado as atividades propostas e colaborado, sempre que necessário. Ao Fernando Sena, pela cedência do Teatro das Beiras e à equipa de apoio por toda a atenção e empenho demonstrado em nos proporcionar tudo o que necessitávamos. Aos professores Paula Canhoto, Tânia e Mauro pelo empenho em realizar um bom trabalho e pelo apoio demonstrado em todo o processo. Aos familiares e amigos que estiveram presentes e participaram de uma forma muito positiva. Aos alunos "Atores", pelo sentido da responsabilidade, pelo esforço final, por terem sido capazes de ultrapassar medos e inseguranças e essencialmente por terem aproveitado uma oportunidade. Puseram-se à prova e superaram com excelência o desafio.
Para eles deixo estas palavras, de um ator, diretor, produtor, comediante, dançarino, roteirista e musico britânico, que nos acompanhou durante os últimos três anos.
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.
Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível.
Charles Chaplin

Paula Rocha

Sem comentários: