31 de outubro de 2010

Halloween


O Dia das Bruxas (Halloween é o nome original na língua inglesa) é um evento tradicional e cultural, que ocorre nos países anglo-saxônicos, com especial relevância nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido, tendo como base e origem as celebrações dos antigos povos (não existe referências de onde surgiram essas celebrações).

A origem do halloween remonta às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., embora com marcadas diferenças em relação às atuais abóboras ou da famosa frase "Gostosuras ou travessuras", exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração. Originalmente, o halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de outubro e 2 de novembro e marcava o fim do verão(samhain significa literalmente "fim do verão").

A celebração do Halloween tem duas origens que no transcurso da História foram se misturando:

Origem Pagã
A origem pagã tem a ver com a celebração celta chamada Samhain, que tinha como objetivo dar culto aos mortos. A invasão das Ilhas Britânicas pelos Romanos (46 A.C.) acabou mesclando a cultura latina com a celta, sendo que esta última acabou minguando com o tempo. Em fins do século II, com a evangelização desses territórios, a religião dos Celtas, chamada druidismo, já tinha desaparecido na maioria das comunidades. Pouco sabemos sobre a religião dos druidas, pois não se escreveu nada sobre ela: tudo era transmitido oralmente de geração para geração. Sabe-se que as festividades do Samhain eram celebradas muito possivelmente entre os dias 5 e 7 de novembro (a meio caminho entre o equinócio de verão e o solstício de inverno). Eram precedidas por uma série de festejos que duravam uma semana, e davamo ao ano novo celta. A "festa dos mortos" era uma das suas datas mais importantes, pois celebrava o que para nós seriam "o céu e a terra" (conceitos que só chegaram com o cristianismo). Para os celtas, o lugar dos mortos era um lugar de felicidade perfeita, onde não haveria fome nem dor. A festa era celebrava com ritos presididos pelos sacerdotes druidas, que atuavam como "médiuns" entre as pessoas e os seus antepassados. Dizia-se também que os espíritos dos mortos voltavam nessa data para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao outro mundo.

Origem Católica
Desde o século IV a Igreja da Síria consagrava um dia para festejar "Todos os Mártires". Três séculos mais tarde o Papa Bonifácio IV († 615) transformou um templo romano dedicado a todos os deuses ([[Panteão(Roma)Panteão) num templo cristão e o dedicou a "Todos os Santos", a todos os que nos precederam na fé. A festa em honra de Todos os Santos, inicialmente era celebrada no dia 13 de maio, mas o Papa Gregório III(† 741) mudou a data para 1º de novembro, que era o dia da dedicação da capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a festa de Todos os Santos fosse celebrada universalmente. Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa no dia anterior (31 de outubro). Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Eve e "All Hallow Een" até chegar à palavra atual "Halloween".

29 de outubro de 2010

Jantar de homenagem a Arménia Vieira e Gabriel Adriano


Com um misto de saudade e de dever cumprido, mais dois colegas chegaram ao final da sua carreira de professores. Seguramente não da de educadores, porque essa missão será vitalícia. Para lhes prestar uma pequena homenagem, o Grupo de Economia e Contabilidade da Escola Secundária Campos Melo organizou um jantar com os amigos mais próximos, onde estes lhes manifestaram a alegria de terem feito parte da vida deles durante vários anos. Por sua vez, os homenageados relembraram o seu percurso profissional bem como os agradáveis momentos que os uniu durante mais de duas décadas.
Aos aposentados desejamos muita saúde e tempo para fazerem as coisas que sempre lhes agradou fazer.
A eles o nosso obrigado!

Professora Coordenadora Pedagógica do CNO:Maria Rosa Macedo

Hoje - Dia dos Clubes - 29 de Outubro de 2010

As actividades iniciar-se-ão às 10 horas e as turmas envolvidas são as dos 7ºs, 8ºs, 9ºs e 10ºs. Os professores acompanharão os seus alunos até aos locais onde os diversos clubes estarão, com os respectivos responsáveis, a fazer a divulgação das suas actividades.

Haverá um desfile de máscaras, pelas 11.00 no pátio, alusivo ao dia das bruxas e orientado pelo grupo de Artes, seguido de um almoço temático organizado pelo Clube de Teatro.

Durante a tarde haverá actividades desportivas, dinamizadas pelo Clube do Desporto Escolar.

28 de outubro de 2010

A História dos brincos de penas (2ª parte)

…continuação

Porém, o índio Pé-de-dança, o actual mestre-de-cerimónias da tribo, também quis dar um ar da sua graça. De facto, parecia-lhe mal não dar a sua opinião sobre o que quer que fosse, mesmo que não tivesse certezas. Afinal, ele era o mestre-de-cerimónias, com o curso completo, e não um ignorante qualquer!
Bamboleando-se, Pé-de-dança opinou na sua voz de falsete:
— Pois para mim são penas de pavão.
— Pavão?! — insurgiu-se o índio Pé-Coxinho, que até se levantou, procurando a custo equilibrar-se. E repetiu, incrédulo: — Pavão?!
Pé-Coxinho tinha ficado com o pé esquerdo sob a roda de uma carroça, quando era pequeno. Desde então, não voltara a pôr o pé em terra e era campeão em muitas gincanas que a tribo organizava na Primavera, convidando outras tribos a participar — uma espécie de olimpíadas cem por cento índias, com modalidades absolutamente únicas e extraordinárias, nas quais o primeiro prémio era a cobiçada Seta de Ouro. Pé-na-tábua, o condutor mais rápido do Oeste, levantou o braço, pedindo para falar.
Os outros calaram-se e ouviram-no afirmar:
— Concordo com Pé-Coxinho. Não podem ser penas de pavão. Eu acho que são penas de pombo. Já vi umas assim numa revista, numa das viagens que fiz. Tenho praticamente a certeza de que são de pombo, sim.
Ninguém partilhou da opinião de Pé-na-tábua, o condutor de carroça mais veloz e experiente da tribo Sempre-em-pé, que nunca tinha atropelado nem sequer um escorpião.
Depois de a opinião de Pé-na-tábua ser rejeitada por maioria, levantou-se a índia Pé-Firme, mulher do Chefe. Pé-Firme era rechonchuda e forte como um guerreiro, sendo igualmente destemida. Era perita em luta corpo a corpo e nunca virava costas a uma
briga. Usava sempre ao pescoço um colar de dentes de tubarão que o marido comprara a um vendedor ambulante que por ali passara, vindo de um país longínquo.
Ora, a mulher do Chefe não perdia uma oportunidade para se fazer ouvir nas reuniões da tribo. Era, sem dúvida, uma mulher sem papas na língua, que é como quem diz, capaz de dizer tudo o que lhe vinha à cabeça, além de ter uma voz parecida com um trovão dos maiores. De resto, alguns dos homens da tribo tinham a voz mais fina do que a dela,
embora não o quisessem admitir.
Pé-Firme falou:
— Ninguém aqui se entende! Ninguém sabe o que diz! Então não se está mesmo a ver que as penas são de águia?! De que outra ave poderiam ser, se são as águias que mais cruzam os céus por cima das nossas cabeças?
— Não posso concordar com Pé-Firme — interveio Pé-de-chumbo, afastando da testa uma madeixa de cabelo que o incomodava.
Pé-de-chumbo era o pior dançarino de toda a tribo e, certamente, das tribos mais próximas, mas não desistia de tentar, convidando para dançar todas as mulheres que conhecia — desde as mais novas e bonitas às mais velhas e enrugadas.
A mulher do Chefe olhou-o com cara séria, mas ele não se intimidou e explicou:
— As penas de águia são maiores do que aquelas que o pequeno Pé-de-atleta trouxe consigo. Para mim, são penas de condor.
— Com dor fiquei eu depois de dançar contigo — atalhou a índia Sem-Pé, que levara uma pisadela terrível do índio Pé-de-chumbo, numa festa para comemorar uma boa chuvada que caíra do céu para o bem de todos, depois de uma seca prolongada.
Sem-Pé era muito baixa e refilona, falando sempre com o dedo indicador bem espetado no ar. Não suportava que alguém lhe pisasse os calos (que lá eram muitos). Por esta razão, andava sempre de botas, mesmo no pino do Verão.
Chegou então, muito atrasado, Pé-ante-pé, o índio mais preguiçoso da tribo, que se deixara dormir.
Estava realmente embaraçado e sentou-se em silêncio. Quis passar despercebido, mas o Chefe perguntou-lhe o que pensava das penas que Pé-de-atleta tinha na mão.
Depois de olhar para as penas, Pé-ante-pé lá se manifestou:
— São de ganso. É isso mesmo: são penas de ganso-selvagem.
— Ganso-selvagem? Que ideia! Parece que nunca viram um ganso-selvagem! — indignou-se Pé-na-argola, que sonhava ser juiz, mas raramente lhe pediam a opinião.
Depois, ao ver que todos os olhares estavam postos em si, empertigou-se e ajeitou o colar de ossos de galinha que pertencera ao seu pai.
Por fim, tossicou e disse de sua justiça, alto e bom som, em tom quase solene:
— As penas que o pequeno Pé-de-atleta encontrou só podem ser de uma ave: a perdiz.
— Peço a palavra — disse o índio Pé-Sujo, levantando-se. Em seu redor, os companheiros fizeram caretas que nem se deram ao trabalho de disfarçar.
Na realidade, Pé-Sujo dormia sempre ao relento e odiava tomar banho, só o fazendo no dia do aniversário do Chefe. As suas roupas também não eram lavadas há muito tempo e estavam cheias de nódoas de toda a espécie. Por causa disto, ouvia insultos e protestos todos os dias, de mulheres e homens, jovens e crianças. Porém, ninguém conseguia arrastá-lo até à beira do rio para o fazer mergulhar na água ou, pelo menos, lavar os pés.
— Quanto a mim, são penas de avestruz — disse Pé-Sujo, que nunca tinha visto aquela ave, mas quis meter a sua colherada.
— Avestruz era a tua avó — gritou-lhe o índio Pé-Leve, campeão de corrida com obstáculos, que usava sempre ao peito o colar com a medalha que ganhara na última competição contra as tribos vizinhas dos Cabeças-Duras, Mãos-Largas e Narizes-Empinados.
Pé-Leve era também quem mais embirrava com Pé-Sujo, passando a vida a chamar-lhe a atenção e a mandá-lo tomar banho.
Por fim, acrescentou, na sua voz de cana rachada:
— Vê-se logo que são penas de gaivota.
— Uma gaivota deves ser tu — comentou o índio Pé-em-riste, com voz de poucos amigos, levantando e abanando o pé onde trazia uma colecção de pulseiras coloridas compradas numa feira muito conhecida.
Depois, continuou: — Desde quando é que há gaivotas no céu da nossa tribo, que fica a léguas do mar? Não podem ser penas de gaivota!
A não ser que alguma se tenha perdido do bando e tenha voado até aqui, atraída pelo perfume do Pé-Sujo...
A discussão estava ao rubro. A confusão era mais que muita. Todos gesticulavam e abanavam as cabeças. Uma criança de colo acordou e desatou num berreiro ensurdecedor. Os cavalos da tribo relincharam, agitados.
O pequeno índio achador de penas estava decepcionado. Não conseguia descobrir a quem pertenciam, afinal, aquelas penas que tinham descido do céu mesmo à frente do seu nariz. Ninguém parecia saber, de facto, de onde tinham surgido as penas.
A certa altura, o Grande Chefe Pé-de-galo chamou os seus três conselheiros, todos de cabelos brancos como a neve: Pé-prá-cova (que tinha 90 anos), um seu companheiro de muitas lutas chamado Pé-de-guerra (que já fizera 98 primaveras) e, finalmente, Pé-Sentado (o mais velho de todos, com 103 anos de vida), que sofria de joanetes e só por essa razão raramente saía do seu tipi.
O Grande Chefe quis saber a opinião dos mais velhos e pediu-lhes que, quando tivessem novidades, o avisassem.
Por fim, Pé-de-galo deu por encerrada a reunião, mandando que lhe trouxessem o cachimbo da paz para que ninguém saísse dali zangado.
Então, antes de se retirar, quis que fosse servido um chá de ervas calmantes, para todos irem dormir tranquilamente, ao som dos uivos dos lobos, já que era noite de lua cheia.
Depois de muito pensarem (demoraram o tempo que a lua levou a mudar três vezes de fase), os conselheiros reunidos no tipi do Chefe passaram o cachimbo de mão em mão entre os três, enchendo a tenda de fumaça.
Então, lentamente, abanaram as cabeças para cima e para baixo e cantaram baixinho e muito devagar uma canção que tinham aprendido na infância, Atirei o pau ao coiote.
…continua

via A Equipa Coordenadora do Clube das Histórias
http://es@contadoresdehistorias.com
Nota: A 1ºparte desta história :

25 de outubro de 2010

Dia de la Hispanidad

El 12 de octubre se celebra la Fiesta Nacional de España o Día de la Hispanidad que conmemora el Descubrimiento de América por Cristobal Colón. Cada año se celebra un desfile militar al que asisten el Rey junto a la Familia Real y los representantes más importantes de todos los poderes del Estado, además de la mayoría de los presidentes de las autonomías españolas.
Un año más, en nuestro instituto, se ha celebrado esta efeméride histórica con un día marcado con actividades relacionadas con la asignatura de Español:

Pero ha habido una actividad sorpresa que no se encuentra en el programa oficial de actividades: un “flash mob” en el comedor que ha divertido alumnos y profesores.

Profesora de Español: Sandra Espírito Santo

23 de outubro de 2010

24 de Outubro - Dia das Nações Unidas

A Organização das Nações Unidas nasceu oficialmente a 24 de Outubro de 1945, data em que a sua Carta foi ratificada pela maioria dos 51 Estados Membros fundadores. O dia é agora anualmente celebrado em todo o mundo como Dia das Nações Unidas.

O objectivo da ONU é unir todas as nações do mundo em prol da paz e do desenvolvimento, com base nos princípios de justiça, dignidade humana e bem-estar de todos. Dá aos países a oportunidade de tomar em consideração a interdependência mundial e os interesses nacionais na busca de soluções para os problemas internacionais.

Actualmente a Organização das Nações Unidas é composta por 191 Estados Membros. Reúnem-se na Assembleia Geral, que é a coisa mais parecida com um parlamento mundial. Cada país, grande ou pequeno, rico ou pobre, tem um único voto; contudo, as decisões tomadas pela Assembleia não são vinculativas. No entanto, as decisões da Assembleia tornam-se resoluções, que têm o peso da opinião da comunidade internacional.

A sede das Nações Unidas fica em Nova Iorque, nos Estados Unidos, mas o terreno e os edifícios são território internacional. A ONU tem a sua própria bandeira, correios e selos postais. São utilizadas seis línguas oficiais: Árabe, Chinês, Espanhol, Russo, Francês e Inglês – as duas últimas são consideradas línguas de trabalho. A sede das Nações Unidas na Europa fica em Genebra, Suíça. Têm escritórios em Viena, Áustria, e Comissões Regionais na Etiópia, Líbano, Tailândia e Chile.

O Secretariado das Nações Unidas é chefiado pelo Secretário-Geral. O logotipo da ONU representa o mundo rodeado por ramos de oliveira, símbolo da paz.



20 de outubro de 2010

Actividade na sala de aula

No âmbito do estudo do heterónimo de Fernando Pessoa - Alberto Caeiro, realizou-se uma actividade de oficina de escrita na aula de português, onde os alunos da turma B do 12º ano elaboraram alguns poemas. A actividade consistia em associar uma palavra, previamente dada pela professora, a um dos cinco sentidos. O resultado final superou as expectativas.
Andreia Carriço
Estagiária de Português/Espanhol

Joana Gomes n.º 11 – Rebanho
E com o meu rebanho a olhar
Sinto a alegria no ar.

Pedro Esteves n.º 19 – Som
O som dos pássaros a cantar
A todas as pessoas vai encantar.

Joana Roberto n.º 10 – Relva
Sinto o aroma da relva fresca
Que chega até mim com o sabor da liberdade
E a sua cor alegre faz-me rejuvenescer a alma.

Vânia Pais n.º 27 – Pedra
Pedra, um objecto frio e triste,
Mas puro e natural
Que me leva para a natureza divinal.

André Madaleno n.º2 – Gente
Vê-se tanta dessa gente,
Que lhes dói puxar pela mente…

Filipe Costa n.º 7 – Poeira
O meu olhar no meio da poeira
É como um doente com cegueira.

Inês Fonseca n.º 9 – Chuva
Quando a chuva cai e a claridade desaparece
O cheiro húmido anuncia a chegada do tempo frio.

Sílvia Rodrigues n.º24 – Fruto
Levantando o olhar vejo-te, belo fruto.
Fruto pecador que dás tanto sabor
A quem te consegue provar.

Eduarda Morais n.º 29 – Erva
E sentindo a erva que cresce, devagar, debaixo de mim,
Sei que sou como ela, e cresço,
Amadureço, até que alcanço o meu fim.

17 de outubro de 2010

Palestra na Biblioteca

Pedro Seromenho Rocha, de nacionalidade portuguesa, nasceu em 1975, na cidade de Salisbúria (Harare), República do Zimbabué. Com apenas dois anos de idade fixou-se em Tavira e mais tarde em Braga, onde reside actualmente.
Embora se tenha formado em Economia, desde muito cedo demonstrou excepcionais apetências pelo universo da escrita e da pintura, colaborando em inúmeras publicações e exposições como escritor e ilustrador. Já tem várias obras de literatura infanto-juvenil publicadas: Nascente de Tinta, O Reino do Silêncio, e 900 – História de Um Rei.


A sessão com este escritor/ilustrador decorrerá na Biblioteca, no dia 19 de Outubro, pelas 10 horas.

Palestra "A importância do romance histórico"










A palestra organizada pela Biblioteca da escola com o escritor Lourenço Pereira Coutinho sobre a “A importância do romance histórico” foi um sucesso e viveu-se num ambiente de descontracção e de partilha de conhecimentos. Desde o início, o escritor cativou todos com a sua simpatia e disponibilidade para responder às questões que o público quisesse fazer. O Dr. Lourenço Pereira Coutinho referiu-se à sua experiência enquanto escritor, ao seu processo criativo, ao intenso trabalho de pesquisa histórica que cada romance exige, e pronunciou-se também relativamente à sua faceta de historiador. Ficámos a saber que o seu fascínio pela história e pela escrita surgiu em tenra idade e foram vários os episódios engraçados que partilhou com o público. No fim, todos os que quiseram puderam comprar obras do escritor que este se disponibilizou a autografar.
Enfim, foi uma experiência enriquecedora e uma conversa privilegiada que muitos souberam aproveitar.




Professora Maria Cardoso

14 de outubro de 2010

A História dos brincos de penas

Eu, índia Pé-Chato, da tribo dos índios Sempre-em-pé, vou contar-te esta história que se passou comigo, embora não pareça ser verdade.
Bem, é claro que algumas coisas não se passaram exactamente como aqui vão contadas, mas é assim que me lembro delas.
Sei que gostas de histórias, sobretudo à hora de dormir, então aqui vai uma para te fazer sonhar.
É a história de... um par de brincos tão especiais que não há outros iguais no mundo inteiro! Ora presta atenção...
Não vou começar por «Era uma vez», porque já ouviste muitas histórias que começam assim e não gostas de repetições. Cá vai então...
Estava um dia muito luminoso. Era o início da Primavera, estação radiosa na verdejante planície da Águia Tonta.
Todas as coisas criadas por Deus brilhavam de forma especial naquela manhã.
O pequeno índio Pé-de-atleta levantou-se bem cedo como é seu costume — especialmente no tempo quente — e pôs-se a correr pelo vale entre as montanhas cheias de rochedos e árvores tão antigas como o tempo.
Lá foi ele, tropeçando, aqui e ali, em caricas de Coca-Cola e caixas de Chiclets vazias (que o velho Oeste já não é o que era, por causa daquilo a que chamam progresso).
O pequeno índio costuma fazer exercício todas as manhãs, porque o pai, o índio Pé-Grande, lhe disse que só assim ficará alto e forte como ele (convém dizer que o índio Pé-Grande pesa mais de 100 quilos, todo nu, só com o colar de dentes de jacaré ao pescoço).
Ora, a certa altura, Pé-de-atleta parou um pouco para descansar e recuperar o fôlego. Foi então que viu cair, mesmo à frente do seu nariz arrebitado (o único nariz arrebitado da nossa tribo), seis pequenas penas de cores diferentes que, estranhamente, poisaram aos seus pés com toda a suavidade.
Pé-de-atleta baixou-se, recolheu as penas com cuidado para não as estragar e, de novo em pé, pôs-se logo a olhar para o céu…
Nem sombra de ave, qualquer que fosse! Nem condor, nem águia, nem abutre.
O pequeno índio voltou a olhar para as penas que tinha na mão.
Eram bonitas! Seriam mesmo de pássaro como pareciam? Talvez fossem penas de anjo, mas, segundo ouvira o professor Pé-Calçado dizer, as penas de anjo são sempre brancas — mais ainda do que a neve que cobre as montanhas no Inverno —, brancas e muito brilhantes, como se tivessem o Sol lá dentro. Já o vigilante da escola, o índio Pé-Descalço, garantira que os anjos maus tinham penas pretas, mas ninguém ligava muito ao que ele dizia. Na verdade, a sua ambição era ser o curandeiro da tribo, mas tinha ficado desclassificado no concurso por ser tão ignorante que não sabia distinguir uma gota de veneno de serpente cascavel de uma lágrima de crocodilo…
Pé-de-atleta voltou a olhar o céu com toda a atenção como quando seguia o voo de um papagaio de papel que escapara das mãos de um menino da grande cidade, ou quando procurava descobrir uma estrela nova. Porém, nada avistou. Nem ave nem anjo voavam por aquelas bandas naquela manhã.
Intrigado, o nosso amigo guardou as penas e dirigiu-se para a aldeia.
Pela altura do Sol, viu que já eram horas de se apresentar no tipi (nome dado a uma tenda índia) da sua tia Pé-de-meia.
Bem se lembrava de que a tia Pé-de-meia prometera dar-lhe um colar de dentes de urso (já usado) quando ele completasse dez anos de idade, o que acabara de acontecer, na véspera.
Uma promessa é uma promessa! Um índio sabe que deve cumprir o que prometeu.
E Pé-de-atleta lá foi, apressando o passo, de cabelo ao vento, entre voos de insectos coloridos.
A tia Pé-de-meia estava sentada confortavelmente dentro do seu tipi.
Via-se que estava concentrada a coser uma manta muito velha que já tinha dez remendos e cheirava a tantas coisas que atraía coiotes e lobos, mesmo que passassem a
grande distância.
Curioso sobre o seu achado, o pequeno índio resolveu perguntar-lhe se ela sabia a quem teriam pertencido as penas que trazia consigo.
A resposta da tia Pé-de-meia não se fez esperar.
— Ao Tio Patinhas — disse ela, para quem o Tio Patinhas era o pato mais interessante de que ouvira falar. De facto, ele era o ídolo que tanto desejava conhecer, por ser quase tão poupado como ela.
Neste momento, entrou no tipi da tia Pé-de-meia o índio Pé-de-salsa, ajudante do cozinheiro do Chefe da tribo, que vinha trazer uns biscoitos que o cozinheiro Pé-de-porco fizera. Pé-de-salsa ouvira a resposta da tia Pé-de-meia e deu logo a sua opinião: — Toda a gente sabe que as penas do Tio Patinhas são brancas. — Então, pensou um pouco e acrescentou:— Eu digo que são penas de falcão.
Cada vez mais intrigado, o pequeno índio Pé-de-atleta agradeceu à tia o presente que recebera: o colar (muito usado mas ainda com três dentes em bom estado, os restantes estavam cariados ou partidos).
Em seguida, provou um biscoito e despediu-se.
Depois, foi para o seu tipi esperar pela hora da reunião da tribo à volta da fogueira. Nessa altura, segundo esperava, iria satisfazer a sua curiosidade porque algum dos mais velhos haveria de saber dar-lhe uma resposta clara. Os mais velhos sabiam coisas incríveis — até os nomes das estrelas, que eram mais do que todos os antepassados da tribo juntos!
O feiticeiro da tribo estava de férias, numa praia do Brasil. Assim, quando a noite caiu — catrapuz! — sobre a aldeia, o ajudante do feiticeiro, o índio Pé-de-escuteiro, foi buscar lenha e fez a fogueira com todo o rigor, como só ele sabia fazer.
Quando já se via uma bela chama a sair dos ramos, Pé-de-escuteiro abanou a cabeça para cima e para baixo, satisfeito.
A fogueira estava magnífica, digna do índio mais exigente do planeta!
Então, pôs-se a cantar para chamar toda a gente.
Como cantava alto e francamente mal, todos vieram a correr, como sempre, para evitar que caísse sobre a aldeia uma carga de água pesada, acompanhada de raios e trovões. Na realidade, essa calamidade já acontecera porque nem as nuvens suportavam tal cantoria!
Reunidos à volta do fogo, todos começaram por ouvir os mais velhos dizer mal do reumatismo, da tribo Pés-na-terra (grande rival nos jogos e nas lutas) e do seu chefe, o terrível Ponta-Pé.
Em seguida, Pé-Direito, o curandeiro, mergulhou um dedo em mercurocromo e fez dois riscos na cara. Depois, fechou os olhos. Via-se que tinha entrado em grande concentração.
A certa altura, levantou-se e apresentou a sua dança especial para reuniões, ao som de uma cantiga cuja letra só ele sabia, porque lhe tinha sido ensinada pela sua bisavó Pé-Atrás (que pertencia a uma tribo que falava outra língua). De qualquer maneira, segundo parece, tratava-se de uma canção sobre a melhor maneira de fazer uma bebida mágica à base de gengivas de escaravelho, pestanas de lagartixa e unhas de bisonte, com muito piripiri, seiva de cacto e água-pé. Uma bebida para animar os adultos mais tímidos nos serões da tribo.
Depois da dança, fez-se silêncio. Então, o pequeno Pé-de-atleta levantou-se e pediu a palavra para perguntar, mostrando as penas, se alguém sabia de onde teriam vindo. Explicou que não tinha encontrado uma única ave no céu, naquela manhã, o que até podia jurar meia dúzia de vezes, depois de cuspir na mão esquerda e cortar a unha de um dedo do pé, se fosse mesmo necessário.
O primeiro que ali deu a sua opinião foi o índio Pé-de-cabra, que já tinha estado preso por roubar cavalos à tribo vizinha.
Este índio ambicionava entrar num anúncio de televisão a uma marca de cigarros muito famosa, mas, na verdade, não tinha cavalos que o fizessem brilhar como gostaria.
— São penas de faisão — disse Pé-de-cabra, com ares de entendido, atirando a trança para trás das costas, de rompante, fazendo rir a sua mulher, Pé-no-chinelo.
— Qual quê?! — atalhou a índia Pé-de-galinha, que era, juntamente com a sua irmã gémea, a mulher mais velha da tribo e que já via mal (mesmo com a sua inseparável lupa). — Bem se vê que são penas de abutre. — E, em seguida, perguntou à irmã (que tinha vivido em França e era conhecida por Pied-de-poule): — O que é que tu dizes, mana?
A outra mirou e remirou as penas que o pequeno índio lhe foi mostrar e, depois de as aproximar da ponta do nariz, deu uma resposta esclarecedora, na sua voz roufenha:
— Nem mais!
continua…

via A Equipa Coordenadora do Clube das Histórias

http://es@contadoresdehistorias.com

11 de outubro de 2010

Palestra

A Biblioteca da escola convida todos a assistir à palestra do Dr. Lourenço Pereira Coutinho intitulada “A importância do romance histórico” que se realizará no dia 13 de Outubro, pelas 10h, no Auditório da Escola Secundária Campos Melo.
Lourenço Pereira Coutinho nasceu em Lisboa, em 1973. Depois de concluir a licenciatura em História, trabalhou na Expo’98, no ICEP e, mais tarde, como assessor da ministra da Educação do XVI Governo Constitucional. É autor do ensaio “Do Ulti-mato à República-Politica e Diplomacia nas últimas décadas da monarquia” e dos romances Na Sombra de João XXI (2006), Fim d’Época (2007) Baile de Máscaras (2008), e Cinco de Outubro (2010), livro da qual falará em particular nesta palestra.

9 de outubro de 2010

Daniel Casteleira - Ex-aluno da Campos Melo

"Sou o Daniel Casteleira ex-aluno da ESCM, estes últimos dias têm sido muito importantes para a minha vida, tanto a nível pessoal como profissional, dai sentir a necessidade de partilhar convosco o que hoje sinto. Ao longo destes últimos 6 meses construi com muito trabalho uma empresa de organização de eventos a Black at White que tem vindo a ganhar cada vez mais atenção em Coimbra, tornando-se assim a mais prestigiada empresa de OE da cidade. Convido-a a conhecer em www.blackatwhite.pt/.
Mas esta semana, é com tremenda alegria que atingi para mim um grande feito, ao longo de varias entrevistas e idas a Lisboa íntegro a partir deste mês com 20 aninhos, a equipa de organização do Moda Lisboa, o mais prestigiado evento na área da moda deste País. Por isso, porque não devemos pensar só no que somos hoje, mas sim, também no que fomos ontem, venho partilhar aqui com a comunidade Campos Melo a alegria que hoje sinto, Obrigado aos meus professores que sempre me apoiaram a seguir pelos caminhos certos…Obrigado.

Para os alunos da escola, que este seja um pequeno exemplo, para não serem só empreendedores no futuro, mas também no seu dia a dia… estudando e a alimentando-se de objectivos e sonhos.

Despeço-me com o meu maior respeito e saudade.

Cumprimentos,

Daniel Casteleira

Nota: Não podíamos deixar de divulgar parte deste mail que o Daniel enviou para a Directora da nossa Escola.
É uma enorme satisfação ver este nosso ex-aluno realizado profissionalmente, sendo reconhecido o seu mérito e competência a nível nacional. De realçar também o sentimento de gratidão e reconhecimento pelo papel que a Escola Campos Melo teve na sua preparação como profissional e como pessoa.
Parabéns Daniel !!
A Escola Campos Melo tem o maior orgulho em o ter tido como aluno e deseja-lhe o maior sucesso !!

8 de outubro de 2010

7 de outubro de 2010

Área de Projecto 2010/2011

Para facilitar a selecção do tema/ problema a desenvolver pelos alunos do 12º ano em Área de Projecto, foi organizada uma visita aos vários Departamentos da UBI.
Assim os alunos que escolheram desenvolver o seu tema em Biologia ou em Física, visitaram os Departamentos de Engenharia, de Física e de Química; os que optaram pela área de Psicologia, visitaram o Departamento de Psicologia e os das Artes forem ver o que se faz no Design textil.
Em qualquer um dos Departamentos os alunos foram muito bem recebidos tendo alguns dos professores se disponibilizado a colaborar no desenvolvimento do trabalho, se os alunos assim o desejarem.

A Professora: Regina Almeida

Visita de Estudo

No passado dia 28 de Setembro, os alunos do 12º ano viajaram até à capital, a fim de visitarem o Museu da Electricidade e a “European Union Contest for YOUNG SCIENTISTS Lisboa 2010” aí presente de 24 a 28 do mesmo mês, no âmbito da Área de Projecto.
Começou-se por visitar uma pequena exposição de automóveis que serviram a Presidência da República, desde a implantação da mesma, até aos nossos dias e seguiu-se uma visita guiada ao interior do Museu propriamente dito, onde foi dada a conhecer toda a orgânica da central termoeléctrica enquanto ainda laborava.
No período da tarde os alunos foram conduzidos para a tão esperada amostra internacional de projectos científicos desenvolvidos por estudantes de diversos países europeus e extra-europeus em diferentes áreas científicas como Biologia, Ciências Sociais, Engenharia, Física, Matemática, Medicina e Química.
O objectivo principal desta visita foi os alunos terem uma noção de que tipos de projectos poderão desenvolver nas suas áreas, uma vez que havia, nessa exposição, stands de variados domínios científicos.


João Calheiros Moura
12º B



5 de outubro de 2010

O Centenário da República

No âmbito das comemorações do centenário da República, a Biblioteca da Escola Secundária Campos Melo apresenta uma exposição sobre os Presidentes da República Portuguesa e outra sobre os símbolos nacionais: a bandeira, o hino e o busto da República.