Actividade de Oficina de Escrita - 12ºB
No âmbito do estudo dos heterónimos de Fernando Pessoa, foi solicitado aos alunos do 12.º B que, a pares, elaborassem um diálogo vivo entre Alberto Caeiro e Álvaro de Campos. O objectivo da actividade de oficina de escrita era que cada um dos elementos encarnasse um dos heterónimos e defendesse a sua perspectiva sensacionista.
Numa tarde quente de Verão, em passeio pelo parque da Goldra, Caeiro encontra o seu discípulo Álvaro de Campos, e resolve convidá-lo para tomar um refresco na esplanada enquanto trocam umas impressões acerca das suas perspectivas sensacionistas.
Campos – Caro Mestre, como tem passado?
Caeiro – Tenho andado por aqui e por ali, deambulando ao sabor da Natureza, apreciando o que esta tem de melhor.
Campos – Não me diga que ainda tem essas ideias de que a Natureza é a base para a felicidade? Pense no futuro Mestre…
Caeiro – A Natureza desperta no ser humano a capacidade de sentir tudo o que o rodeia, dando assim valor às sensações. Quando me encontro em contacto com esta, não tenho quaisquer tipo de preocupações ou inquietações. É por este rumo de vida que as pessoas devem optar, um rumo de vida calmo, sereno...
Campos - Mas mestre, até onde isso nos leva? O que importa o que a natureza nos transmite quando sentimos o poder da inovação, a força das máquinas, estes sim, deviam ser os princípios pelos quais nos devíamos orientar. São estes elementos que proporcionam ao ser humano as verdadeiras sensações. Mestre deixe-se envolver, esqueça o seu rebanho de ideias e interiorize um novo Mundo comandado pelas máquinas.
Caeiro - Nesse Mundo as preocupações são mais que muitas. As pessoas passam o dia numa correria, e assim não desfrutam aquilo que têm a sua volta. A Natureza não precisa de ser compreendida, basta-nos admirá-la. Dou bastante importância àquilo que vejo. Na minha opinião, o acto de ver está acima de tudo, pois é-me suficiente para captar a Natureza. Valorizo a constante renovação da Natureza, coisa que com as máquinas não acontece, é tudo muito monótono…
Campos - Não só a Natureza se encontra em renovação como também as máquinas vão sofrendo muitas modificações ao longo dos anos. Prefiro viver neste Mundo em que reina a evolução e a adrenalina, caso contrário sentir-me-ia um pouco frustrado, pois para mim a Natureza leva-me à solidão, provoca-me angústia e provavelmente levar-me-ia a ficar preso a momentos de nostalgia.
Caeiro – De facto, as nossas perspectivas sensacionistas são demasiado diferentes, e dificilmente iremos chegar a um consenso. Foi bom reencontrar-te meu caro discípulo. Cada um com o seu modo de viver, mas o importante e que sejamos felizes, não é assim? Até a uma próxima, meu Caro.
Campos - Concordo consigo mestre. Se todos partilhássemos das mesmas opiniões, de facto a vida não seria tão interessante como se tivéssemos opiniões diferentes e as pudermos debater. Até um dia.
Caeiro – Tenho andado por aqui e por ali, deambulando ao sabor da Natureza, apreciando o que esta tem de melhor.
Campos – Não me diga que ainda tem essas ideias de que a Natureza é a base para a felicidade? Pense no futuro Mestre…
Caeiro – A Natureza desperta no ser humano a capacidade de sentir tudo o que o rodeia, dando assim valor às sensações. Quando me encontro em contacto com esta, não tenho quaisquer tipo de preocupações ou inquietações. É por este rumo de vida que as pessoas devem optar, um rumo de vida calmo, sereno...
Campos - Mas mestre, até onde isso nos leva? O que importa o que a natureza nos transmite quando sentimos o poder da inovação, a força das máquinas, estes sim, deviam ser os princípios pelos quais nos devíamos orientar. São estes elementos que proporcionam ao ser humano as verdadeiras sensações. Mestre deixe-se envolver, esqueça o seu rebanho de ideias e interiorize um novo Mundo comandado pelas máquinas.
Caeiro - Nesse Mundo as preocupações são mais que muitas. As pessoas passam o dia numa correria, e assim não desfrutam aquilo que têm a sua volta. A Natureza não precisa de ser compreendida, basta-nos admirá-la. Dou bastante importância àquilo que vejo. Na minha opinião, o acto de ver está acima de tudo, pois é-me suficiente para captar a Natureza. Valorizo a constante renovação da Natureza, coisa que com as máquinas não acontece, é tudo muito monótono…
Campos - Não só a Natureza se encontra em renovação como também as máquinas vão sofrendo muitas modificações ao longo dos anos. Prefiro viver neste Mundo em que reina a evolução e a adrenalina, caso contrário sentir-me-ia um pouco frustrado, pois para mim a Natureza leva-me à solidão, provoca-me angústia e provavelmente levar-me-ia a ficar preso a momentos de nostalgia.
Caeiro – De facto, as nossas perspectivas sensacionistas são demasiado diferentes, e dificilmente iremos chegar a um consenso. Foi bom reencontrar-te meu caro discípulo. Cada um com o seu modo de viver, mas o importante e que sejamos felizes, não é assim? Até a uma próxima, meu Caro.
Campos - Concordo consigo mestre. Se todos partilhássemos das mesmas opiniões, de facto a vida não seria tão interessante como se tivéssemos opiniões diferentes e as pudermos debater. Até um dia.
Professora Estagiária Nicole Esteves
Tiago Santos e Inês Quelhas, 12ºB
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