27 de janeiro de 2009

Projectos da Área de Projecto - II

Vamos conhecer o Zêzere – O nosso projecto
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Foi há cerca de uma década que deixámos de poder usufruir de todos os recursos que o rio Zêzere oferecia às populações em seu redor: acções simples como a lavagem de roupa, a pesca e algumas actividades de lazer são agora proibidas devido á degradante qualidade das águas.
O aumento da poluição do rio preocupa-nos e levou-nos a encarar o trabalho de Área de Projecto como um desafio: queremos perceber o que levou á degradação desta fonte de riqueza e o que realmente podemos fazer para recuperar o esplendor e vitalidade deste tão importante símbolo da nossa região.
Para alcançar estes objectivos, e após alguma pesquisa, propusemo-nos analisar a água do rio (para detectarmos a presença/ausência de poluentes, macro e micro organismos indicadores de poluição e medição dos níveis de CBO) para comprar a qualidade desta ao longo do curso do rio. Vamos depois relacionar as variações da qualidade da água com as diversas actividades antrópicas que se desenvolvem nas margens do rio Zêzere e tentar encontrar formas de minimizar este problema que nos afecta a todos.

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Foto daqui

Falemos agora sobre o rio Zêzere

O rio Zêzere tem nascente na Serra da Estrela, próximo ao Cântaro Magro, a cerca de 1900m de altitude e desagua no Tejo na vila de Constância. O seu nome tem origem nas palavras romanas Ozecharus ou Ozecarus, árvore de pequenas flores brancas e frutos negros, que nasce espontaneamente nas margens do rio. O Zinzereiro, mais conhecido por salgueiro, é uma das plantas mais características destes lugares.
Este rio tem sido, desde há vários anos, objecto constante de utilização hidroeléctrica, pois reúne várias características que o tornam próprio para esta actividade.
O ondular do seu percurso corre por paisagens variadas, ligando povoações de incomparável beleza e riqueza cultural. O decorrer bravio, mediante montes e margens rochosas, contrasta com albufeiras que se formam devido às interrupções que o Homem foi fazendo, tirando, desta forma, o proveito do declive e do caudal do rio.
É assim mesmo o Zêzere, inesperado e surpreendente.

Em relação à fauna podemos encontrar ao longo do Zêzere Trutas, Bogas, Carpas, Achigãs e Enguias ou eirós, alguns dos peixes que sobreviveram às alterações do habitat que encontraram no seio deste rio.
O Sobreiro, a Azinheira, o Pinheiro manso, Pinheiro marítimo, Carvalho roble e o Carvalho negral encontram-se entra as plantas que mais frequentemente se encontram nas margens do rio Zêzere.

Apesar de representar uma mais-valia para as populações que habitam a sua bacia hidrográfica, o Zêzere tem vindo a sofrer com as actividades que ali se desenvolvem: as explorações agrícolas em que se utilizam diversos produtos químicos (fertilizantes e pesticidas) que acabam por se dissolver nas águas do rio, levando à sua poluição. A construção de barragens impede a migração dos peixes, diminuindo a biodiversidade; A pesca com garrafas de carbonato representa um choque nos ecossistemas além de poluir as águas; também os produtos usados na lavagem de roupa poluem a água; a actividade de fábricas e exploração mineira nas suas margens implica descargas (intencionais ou não) de químicos perigosos nas águas do rio; o lançamento de produtos de esgotos domésticos sem qualquer tratamento implica também um enorme decréscimo na qualidade da água do rio.

Futuramente enviaremos mais informações à medida que o nosso trabalho avançar. Esperamos que tenham gostado.
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Ana Vaz, Ana Pires e Sara Felício - 12ºA

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