As raízes histórico-políticas da Cidade... pelo núcleo de Estágio de Português/Inglês
Do núcleo de Estágio de Português/Inglês chega -nos um artigo acerca da origem do Feriado Municipal da Covilhã."O passado da cidade remonta ao princípio dos tempos, quando foi castro proto-histórico, abrigo de pastores lusitanos e fortaleza romana conhecida por Cava Juliana ou Silia Hermínia. Quem ergueu as muralhas do seu primitivo castelo foi D. Sancho I que, em 1186, concedeu foral à Covilhã. Mais tarde, foi D. Dinis que mandou construir as muralhas do admirável bairro medieval das Portas do Sol.
Era já na Idade Média uma das principais "vilas do reino", situação em seguida confirmada pelo facto de grandes figuras naturais da cidade ou dos arredores se terem tornado determinantes em todos os grandes Descobrimentos dos sécs. XV e XVI: o avanço no Oceano Atlântico, o caminho marítimo para a Índia, as descobertas da América e do Brasil, a primeira viagem de circum-navegação da Terra.
As duas ribeiras que descem da Serra da Estrela, Carpinteira e Degoldra, atravessam o núcleo urbano e estiveram na génese do desenvolvimento industrial.
Elas forneciam a energia hidráulica que permitiam o laborar das fábricas. Junto a essas duas ribeiras deve hoje ser visto um admirável núcleo de arqueologia industrial, composto por dezenas de grandes edifícios.
Nos dois locais são visíveis dezenas de antigas unidades, de entre as quais se referem a fábrica-escola fundada pelo Conde da Ericeira, em 1681, junto à Carpinteira e a Real Fábrica dos Panos, criada pelo Marquês de Pombal, em 1763, junto à ribeira da Degoldra. Esta é agora a sede da Universidade da Beira Interior, na qual se deve visitar o Museu de Lanifícios, já considerado um dos melhores núcleos museológicos desta indústria na Europa.
A Covilhã foi elevada à condição de cidade a 20 de Outubro de 1870 pelo Rei D. Luís.
Várias foram as personalidades de relevo oriundas da Covilhã. De entre elas, destacamos as seguintes:
Beato Francisco Álvares- beato da Igreja Católica, nasceu na Covilhã em 1539. Irmão da Companhia de Jesus, faz parte do grupo conhecido como os "Santos Mártires do Brasil". Foi beatificado pelo Papa Pio IX em 1854.
Pêro da Covilhã - Preparador da chegada de Vasco da Gama à Índia - A necessidade de atingir a Índia por mar, levou D. João II a conceber uma política de avanços sucessivos no mar. Bartolomeu Dias que viria a dobrar o Cabo da Boa Esperança. No Índico, na costa oriental de África e na parte ocidental indiana, foi Pêro da Covilhã o explorador. A ele se devem as informações que permitiram a consequente certeira viagem de Vasco da Gama e a descoberta do caminho marítimo que transformou a história.
Mestre José Vizinho - A latitude nos mares - O famoso Mestre José, referido por Cristóvão Colombo, que muito aprendeu dos seus conhecimentos astrológicos, era cosmógrafo e médico de D. João II. A grande invenção do século XV foi a descoberta da navegação astronómica com a consequente introdução de escalas de latitudes nas cartas de marear. A sistematização do método revelou como artífice do processo este grande judeu covilhanense. Estes estudos passaram a significar a liderança da técnica portuguesa do mar.
Rui Faleiro - A longitude nos mares - Cosmógrafo covilhanense, nascido em finais do séc. XV, foi o principal organizador científico da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães em Sevilha. O conhecimento da longitude no mar era fundamental pois completava os métodos já conhecidos para determinar a latitude e permitir a localização das naus na superfície dos mares. Rui Faleiro foi o grande artífice da avaliação da longitude a partir do lugar de observador.
Francisco Faleiro - A declinação magnética - Irmão de Rui, cosmógrafo, foi o autor da primeira exposição que inferia a declinação magnética do ângulo de duas sombras lançadas em vertical sobre o plano de horizonte, quando o sol atingisse alturas iguais antes e depois do meio-dia. Elaborou em Sevilha, 1535, o Tratado del Mundo y del Arte del Marear, cronologicamente a segunda obra do séc. XVI que desenvolve o estudo dos fenómenos do magnetismo terrestre."
(Fonte: Wikipedia - adaptado). Elaborado pelos professores: Pedro Nave e Tatiana da Fonseca.
1 comentário:
Confesso a minha ignorância: nunca tinha ouvido falar do Vizinho!
Boa!
Enganei-me na notícia... o seu a seu dono.
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